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LIFE OLIVARES VIVOS +

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O ProJeto LIFE Olivares Vivos +

Depois dos excelentes resultados de recuperação da biodiversidade obtidos com o Projeto LIFE OOVV, depois de termos verificado que os Olivais Vivos sequestram duas vezes mais dióxido de carbono do que os que mantêm o solo nu, e depois de termos descoberto as possibilidades que o modelo oferece para aliviar a crise ambiental e económica do olival tradicional, perguntámo-nos…

Imaginem tudo o que se poderia conseguir em toda a bacia mediterrânica e o sumidouro de CO2 em que se poderiam transformar os 5,37 milhões de hectares de olivais da União Europeia e as vantagens que isso traria para o azeite em comparação com outras gorduras vegetais.

Que tal replicar e alargar este modelo de olivicultura ao resto do Mediterrâneo?

Este é um dos objectivos do projeto LIFE Olivares Vivos +.

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Nome

LIFE20 NAT/ES/001487. Olivares Vivos+. Aumentar o impacto da Olivares Vivos na União Europeia.

Acrónimo do projeto

LIFE Olivares Vivos+

Data de início

1/09/2021

Data final

30/09/2026

Beneficiário coordenador

Sociedad Española de Omitología. SEO/BirdLife

Parceiros beneficiários

Diputación Provincial de Jaén. Universidad de Jaén. Departamento de biología animal, biología vegetal y ecología. Grupo PAIDI RNM-354. Universidad de Jaén. Departamento de organización de empresas, marketing y sociología. Grupo PAIDI SEJ-315. Estación Experimental de Zonas Áridas del Consejo Superior de Investigaciones Científicas. D.R.E.AM Italia. Ellinikos Georgikos Organismos – DIMITRA. Universidad de Évora. Juan Vilar Consultores Estratégicos S.L.

Co-financiadores

Consejería de Agricultura, Pesca y Desarrollo Sostenible de la Junta de Andalucía. Interprofesional del aceite de oliva español. Consejería de Agricultura, Agua y Desarrollo Rural de la Junta de Comunidades de Castilla-La Mancha. Caja Rural de Jaén, Barcelona y Madrid, SCC.

Orçamento total do projeto

7.031.291€

Contribuição da UE

4.166.970€ (59,26%)
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1. Aumentar o impacto da Olivares Vivos nos objectivos do Programa LIFE e, em particular, nas estratégias seguidas pela União Europeia para travar a perda de biodiversidade.

2. Conseguir uma melhor integração dos resultados e das lições aprendidas com o projeto anterior, LIFE Olivares Vivos, nas políticas ecológicas europeias, nos requisitos de condicionalidade reforçada e no desenvolvimento dos regimes ecológicos para as alterações climáticas e o ambiente da nova PAC.

3. Compreender melhor os efeitos a médio prazo das medidas de recuperação sobre a biodiversidade.

4. Preparar e desenvolver a expansão do modelo olivícola proposto por Olivares Vivos às principais regiões olivícolas da União Europeia.

5. Aumentar a replicação do modelo Olivares Vivos da Andaluzia para outras regiões de Espanha, Portugal, Grécia e Itália.

6. Garantir a replicabilidade do modelo em ambientes sensíveis às alterações climáticas

7. Promover a criação de empregos verdes como resultado dos novos nichos de mercado gerados pelo modelo da Olivares Vivos.

8. Alargar o modelo a outros sectores da olivicultura, como o da azeitona de mesa.

9. Reforçar as capacidades dos olivicultores através de formação sobre as vantagens dos serviços ecossistémicos e os seus benefícios em termos de rentabilidade.

10. Melhorar a formação do pessoal técnico em aconselhamento e certificação ambiental para responder à procura do selo Olivares Vivos.

11. Expandir as opções de produção e distribuição dos azeites Olivares Vivos para facilitar a chegada ao mercado e aos consumidores do seu valor acrescentado de cuidado ambiental.

12. Melhorar a competitividade do sector do azeite e aumentar a sua capacidade de resistência, através de estratégias de diferenciação baseadas no valor acrescentado.

13. Melhorar os conhecimentos e a sensibilização dos agricultores para a conservação da biodiversidade e os métodos de gestão sustentável.

14. Tornar a Olivares Vivos numa referência para os consumidores em termos de conservação da biodiversidade.

15. Conceber uma estratégia para reproduzir o modelo da Olivares Vivos noutros países da UE situados na zona mediterrânica.

16. Conceber uma estratégia de transferência do modelo Olivares Vivos para outras culturas lenhosas, com particular interesse para a vinha.

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A1. Conceção do plano de comunicação

Será desenvolvido um plano global de comunicação, divulgação e sensibilização para garantir a coerência, a adequação e a correcta execução de todas as actividades de comunicação, que serão implementadas através da Ação E1. Além disso, será assegurada uma imagem pública adequada do projeto LIFE Olivares Vivos+ e o máximo impacto social do nosso projeto nos quatro países de aplicação.
O plano de comunicação:
(i) Definir a estratégia para alcançar os objectivos do projeto,
(ii) especificar as mensagens-chave,
(iii) identificar o público-alvo,
(iv) estabelecer um calendário para o trabalho das diferentes acções de comunicação
(v) otimizar os recursos e programar todo o trabalho de forma eficiente.

A2. Seleção de Olivais de Formação (TOG) e de Olivais de Demonstração em Zonas Particularmente Sensíveis às Alterações Climáticas (DOG-CC)

Serão seleccionados 16 olivais de formação (TOG) nos 4 países parceiros, 3 olivais de demonstração em zonas particularmente sensíveis às alterações climáticas (DOG-CC) no sudeste de Espanha e os respectivos olivais de controlo (não sujeitos a qualquer ação LIFE OV+). O TOG e o DOG-CC completarão a rede existente de olivais de demonstração andaluzes (DOG) criada pelo anterior LIFE OV.

A3. Avaliação pré-operacional da biodiversidade das TOGs e DOG-CCs

Com esta ação iremos avaliar a biodiversidade antes da implementação dos Planos de Ação de Conservação/Restauro (estado pré-operacional) nos Olivais de Formação (TOG) e nos Olivais de Demonstração em áreas particularmente sensíveis às Alterações Climáticas (DOG-CC).
A ação está dividida em duas sub-acções:
A3.1 Avaliação pré-operacional da biodiversidade da TOG.
A3.2 Avaliação pré-operacional da biodiversidade no DOG-CC.
Em ambos os casos, vários grupos de animais (aves, formigas, insectos polinizadores e aranhas) e plantas (espécies herbáceas e lenhosas) serão utilizados como indicadores de biodiversidade para a avaliação.
Posteriormente, durante o tratamento dos dados, será considerada a diversidade taxonómica (ou seja, de espécies) e de grupos funcionais, sendo esta última um indicador das funções e serviços do ecossistema nos olivais. Além disso, para cada local de estudo, serão também avaliadas as métricas de heterogeneidade configuracional e composicional da paisagem.

A4. Conceção de planos de ação para aumentar a biodiversidade nas TOGs e DOG-CCs

Serão elaborados planos de ação específicos para os 19 olivais (16 TOG e 3 DOG-CC) nos quais serão realizadas acções de recuperação da biodiversidade, através da ação C1.

Estes planos constituirão a principal orientação para a implementação das actividades de recuperação da biodiversidade, com vista à obtenção da certificação Olivares Vivos.
Cada plano de ação:
i) detalhar as questões da biodiversidade na fase pré-operacional, compilando informação cartográfica e bibliográfica a combinar com os dados recolhidos no terreno, incluindo os resultados da monitorização dos indicadores de biodiversidade (A3),
ii) identificar zonas de intervenção, nomeadamente zonas não produtivas (por exemplo, margens de explorações agrícolas, cursos de água ou bermas de estradas),
iii) identificar e descrever actividades potenciais para aumentar a biodiversidade,
iv) selecionar as actividades mais adequadas para cada área de intervenção,
(v) determinar as dimensões de cada ação, (vi) estabelecer um sistema de indicadores para acompanhar o desenvolvimento e a eficácia do plano e (vii) estabelecer um calendário para a execução das actividades propostas.
As actividades de recuperação da biodiversidade incluirão principalmente as que foram avaliadas durante o anterior programa LIFE Olivares Vivos, uma vez que demonstraram a sua eficácia e viabilidade de execução, que incluem
Actividades para melhorar a gestão do coberto vegetal.
Revegetação de zonas não produtivas.
Colocação de caixas-ninho, postes para aves de rapina e abrigos para aves insectívoras e morcegos.
Adaptação de infra-estruturas que favoreçam a vida selvagem.
Construção de muros de pedra seca.
Criação de lagos.
Criação e desenvolvimento de outros pontos de água (principalmente bebedouros).
Adequação dos tanques de irrigação (ilhas e estruturas artificiais para evitar o afogamento da fauna).

A5. Conceção de programas de formação virtual para produtores e certificadores de Olivares Vivos

Os melhores métodos e estratégias de formação serão concebidos para levar a cabo actividades de reforço das capacidades e de formação na Ação C2.
Os cursos serão dirigidos aos principais actores do modelo Olivares Vivos. Para o efeito, serão ministrados 4 tipos de cursos que versarão sobre:
Biodiversidade, serviços ecossistémicos e olivicultura (para agricultores e gestores).
Implementação do Plano de Ação de Restauro da Biodiversidade de Olivares Vivos (para consultores de restauro ecológico).
Procedimento de certificação Olivares Vivos (para empresas de auditoria e consultores de conservação).
Comercialização de azeite e azeitonas de mesa (para agricultores e retalhistas).

C1. Implementação dos planos de ação TOG e DOG-CC

As acções de recuperação da biodiversidade definidas nos Planos de Ação desenvolvidos no âmbito da Ação A4 serão implementadas para cada TOG e DOG-CC.
Para o efeito, a compra de materiais de restauro e as visitas de campo serão efectuadas no início dos trabalhos de restauro e os materiais serão distribuídos.
Posteriormente, serão implementadas as acções de recuperação da biodiversidade incluídas em cada Plano. Este trabalho será realizado através de assistência externa e será executado sob a supervisão dos responsáveis pelo projeto.
Cada plano incluirá:
1) Actividades destinadas a melhorar a gestão do coberto herbáceo. Se o coberto herbáceo do olival não for mantido durante a maior parte do ano, devido à aplicação de herbicidas ou à mobilização do solo, as práticas agrícolas serão alteradas, de acordo com o proprietário. A limpeza será recomendada e deverá ser efectuada na altura certa, evitando a concorrência com a cultura. Além disso, pequenas áreas devem ser deixadas livres de ervas daninhas para que os últimos rebentos possam atingir a sua fase final e as sementes possam ser dispersas. Pode ser efectuada uma lavoura pouco profunda em áreas específicas para ativar o banco de sementes. Por último, podem ser plantadas em pequenas manchas espécies de especial interesse para a biodiversidade, principalmente entomófilas.
2) Trabalhos de recuperação de zonas improdutivas. O objetivo destas actividades é restaurar as formações vegetais naturais através da plantação de espécies lenhosas e herbáceas em zonas improdutivas de olivais. A conceção destas plantações será adaptada às características de cada local e a seleção das espécies terá em conta a diversidade das espécies vegetais, a sua fenologia e a melhoria dos serviços ecossistémicos.
3. Acções de apoio à fauna. Estas incluem a instalação de locais de reprodução, de repouso ou de abeberamento para animais selvagens no olival. Para cada exploração, as necessidades terão sido identificadas através da Ação A4 e poderão ser
Colocação de caixas de nidificação para diferentes espécies de aves.
Colocação de postes para aves de rapina. Pode ser acrescentada uma caixa de nidificação no topo para cumprir uma dupla função.
Instalação de bebedouros para aves, mamíferos e répteis.
Construção de lagos, que serão um local de reprodução para anfíbios e insectos e um local de abeberamento para aves, mamíferos ou répteis.
Construção de muros de pedra seca.
Instalação de caixas de abrigo para morcegos.
Colocação de hotéis para insectos.
Instalação de ilhas flutuantes em lagos de irrigação para aves aquáticas.
Banco de escaravelhos.

C2. Formação e educação dos produtores e certificadores da Olivares Vivos.

Implementação de cursos de formação para apoiar a expansão do modelo Olivares Vivos. O conteúdo e a estrutura dos cursos serão estabelecidos na ação A5.
A expansão do modelo Olivares Vivos nas principais regiões olivícolas do Mediterrâneo exige competências específicas e apresenta desafios únicos que os profissionais devem enfrentar. Esta ação visa quatro intervenientes fundamentais:
Agricultores e gestores agrícolas.
Empresas de certificação interessadas em efetuar as diferentes fases do processo de auditoria.
Consultores de restauração ecológica.
Distribuidores ou plataformas de distribuição interessados em comercializar azeites e azeitonas de mesa certificados da Olivares Vivos.
Serão lançados convites à apresentação de candidaturas que definirão as competências exigidas, os objectivos do curso, os programas e o perfil do formando para cada tipo de curso. Todos os cursos incluirão sessões de ensino à distância e uma sessão presencial.

C3. Estabelecimento de acordos, certificação da cadeia de custódia e criação do nó cooperativo Olivares Vivos.

Esta estratégia basear-se-á no conceito "Farm to Table", que já foi promovido durante o LIFE Olivares Vivos. Neste sentido, iremos estimular a cadeia logística do sector da azeitona e da azeitona de mesa, para ajudar os agricultores que fazem parte do LIFE Olivares Vivos+ e aqueles que estão a ser certificados a produzir e comercializar azeites certificados e outros produtos.
Esta ação envolve três linhas de trabalho:
i) Elaboração de acordos de colaboração específicos, ao longo da cadeia de valor da azeitona.
ii) Estabelecimento da certificação da cadeia de custódia dos produtos Olivares Vivos.
iii) Incentivar o trabalho de colaboração no sector olivícola.
Esta ação destina-se aos membros da cadeia de valor da azeitona, tanto para os azeites virgens extra como para as azeitonas de mesa:
Olivicultores
Lagares de azeite
Instalações de embalagem
Comerciantes a granel
Plataformas de distribuição e serviços de aprovisionamento
Retalhistas
A ação está dividida em três sub-acções:
C3.1 Estabelecimento de acordos ao longo de toda a cadeia de valor.
Para o efeito, será preparado material informativo específico ou serão agendadas sessões de informação e serão assinados acordos com os diferentes membros da cadeia de valor.
C3.2 Certificação da Cadeia de Responsabilidade da Olivares Vivos.
Os operadores serão submetidos ao processo de certificação da Cadeia de Responsabilidade da Olivares Vivos, que garantirá a rastreabilidade do produto desde o olival até aos pontos de venda.
C3.3 Criação do nó cooperativo Olivares Vivos.
Será criada uma rede para permitir que as principais partes interessadas se liguem, discutam e aprendam. Esta rede será estabelecida no sítio Web do Olivares Vivos (Ação A5), que também será utilizado para realizar as actividades de formação (C2). Proporá diferentes fóruns de discussão temáticos que serão moderados pela equipa de comunicação do LIFE Olivares Vivos+.

C4. Desenvolvimento da estratégia de marketing e adaptação às áreas de replicação

Esta ação apoiará a rentabilidade do rótulo de certificação, optimizando a estratégia de marketing desenvolvida durante o LIFE Olivares Vivos. Além disso, será adaptada aos ambientes das outras regiões e países onde a estratégia será replicada.
Antecedentes
Durante a LIFE Olivares Vivos foi desenhada uma estratégia de marketing, através de:
1. conceção e lançamento do selo e certificação Olivares Vivos.
2. Estudo do perfil dos consumidores potenciais em Espanha, Dinamarca, Alemanha e Reino Unido.
3. Aconselhamento aos produtores sobre a comercialização dos azeites Olivares Vivos, através de várias conferências e seminários.
Otimização da estratégia de marketing
A melhoria contínua da estratégia de marketing é essencial para garantir a rentabilidade dos produtos Olivares Vivos, permitindo-lhe aceder ao mercado nas melhores condições. Para o efeito, serão realizados diversos estudos quantitativos e qualitativos, tanto nos países onde o LIFE Olivares Vivos+ está a ser desenvolvido como noutros países da Europa.
Adaptação da estratégia de marketing aos domínios de reprodução
As características dos produtores das zonas onde o modelo da Olivares Vivos será replicado e as limitações do seu contexto geográfico podem exigir adaptações na estratégia de comercialização. Para o efeito, serão estudados tanto os agricultores como o perfil dos potenciais consumidores destes produtos e será elaborado um "Guia para a estratégia de comercialização internacional da Olivares Vivos".

C5. Adaptação do modelo de negócio às áreas de replicação.

Esta ação fará com que cada elemento da cadeia produtiva compreenda as vantagens do modelo de negócio da Olivares Vivos e oferecerá a cada um deles os meios e mecanismos para fazer parte dele, que serão adaptados de acordo com as necessidades e características socioeconómicas de cada região ou estado.
Para o efeito, será analisado e adaptado às diferentes situações de cada zona de replicação, de modo a tirar o máximo partido das vantagens competitivas da Olivares Vivos.

D1. Monitorização pós-operacional dos indicadores de biodiversidade em TOG e DOG-CC e monitorização a longo prazo para estimativa da dívida de restauração em DOG

Avaliaremos a biodiversidade após três anos de implementação (estado pós-operacional) das acções de conservação/recuperação e, em última análise, desenvolveremos índices de recuperação da biodiversidade:
Sub-Ação D1.1 Formação de olivais para a expansão/replicação do modelo Olivares Vivos (TOG).
Sub-ação D1.2 Olivais de demonstração em zonas particularmente sensíveis às alterações climáticas, utilizados como referências para observar a viabilidade do modelo Olivares Vivos num cenário de stress climático.
Da mesma forma, na Sub-Ação D1.3, avaliaremos a dívida de restauração da biodiversidade e as funções biogeoquímicas que ocorrem durante a recuperação do ecossistema a médio prazo, através de estudos realizados 8 anos após a implementação do modelo Olivares Vivos nos DOGs andaluzes.

D2. Acompanhamento dos indicadores de rendibilidade e do impacto a médio prazo na economia local das explorações da Olivares Vivos

Em geral, esta ação refere-se à área operacional do LIFE Olivares Vivos Vivos+. No entanto, será alargada a qualquer outro local onde se possa requerer o procedimento de certificação Olivares Vivos. Mais pormenorizadamente:
Andaluzia: nas localidades dos 20 DOGs que foram objeto de acções de recuperação no anterior LIFE OV e na atual monitorização da biodiversidade após a operação.
Áreas de replicação: nas localidades dos 16 DOGs e 3 DOG-CCs.
Outras zonas: qualquer zona com agricultores dispostos a mudar para o modelo Olivares Vivos e que solicitem o procedimento de certificação.
Para avaliar os impactos do projeto, estão previstos três objectivos:
(i) Nas zonas DOG: avaliar a evolução dos índices a médio prazo para quantificar a rendibilidade das explorações, ou as eventuais variações posteriores das vendas de petróleo ou dos preços de venda. Serão igualmente medidos os custos das tarefas de manutenção e o seu impacto na economia local.
ii) Nas zonas TOG e DOG-CC: A evolução da rentabilidade. Do mesmo modo, será medido o investimento da Olivares Vivos em cada uma destas zonas e o seu impacto económico (por exemplo, emprego) na população local.
iii) Noutras áreas: obter dados úteis como o número de postos de trabalho criados pelos planos de ação de recuperação (fases de elaboração e de execução) ou se os agricultores vizinhos estão interessados ou mudam a sua atitude em relação ao modelo Olivares Vivos.
Estes objectivos serão implementados através de duas sub-acções.
Sub-ação D2.1 Acompanhamento da rentabilidade das explorações olivícolas que participam no projeto.
Sub-ação D2.2 Acompanhamento do impacto socioeconómico do projeto na comunidade local.

D3. Análise da eficácia da estratégia de comunicação Olivares VIvos e da sua aplicação nos domínios de replicação

Através desta ação, será recolhida informação para monitorizar a estratégia de comunicação da certificação Olivares Vivos e o grau de satisfação dos consumidores com o produto. A evolução deste indicador permitirá ainda otimizar a estratégia comercial e garantir a sustentabilidade do modelo Olivares Vivos no período pós-LIFE.
Já durante a LIFE Olivares Vivos, foi concebida uma estratégia de comunicação e foram realizados diversos trabalhos:
Design da marca Olivares Vivos.
2. Conceção do sítio Web (olivaresvivos.com/aove), bem como dos perfis nas redes sociais.
3. Plano de comunicação da Olivares Vivos.
4. Medir a eficácia da estratégia de comunicação, através de um inquérito.
Durante a LIFE Olivares Vivos+, serão recolhidas informações para saber mais sobre:
O conhecimento público da certificação Olivares Vivos e a eficácia da estratégia de comunicação utilizada. Para o efeito, será realizado um estudo.
Satisfação do consumidor. Será efectuado um estudo com base nas informações fornecidas pelas empresas que comercializam azeites virgens extra e azeitonas de mesa Olivares Vivos. Serão utilizados indicadores relacionados com a atividade comercial, tais como a percentagem de vendas, o preço, a taxa de fidelização, a taxa de recompra, etc.
Acompanhamento da estratégia de comunicação
Serão realizados os seguintes estudos e acções para analisar o conhecimento dos consumidores sobre a certificação e a sua perceção do rótulo, bem como a sua comunicação:

i) Acompanhamento da eficácia da estratégia de comunicação implementada nos países onde foi desenvolvida durante o LIFE Olivares Vivos (Espanha, Dinamarca, Reino Unido e Alemanha).
ii) Extração de informação de sites e redes sociais: métricas relacionadas com o crescente interesse pela biodiversidade, azeites, olivais da Olivares Vivos e sustentabilidade.
iii) Pré-teste de publicidade nos países onde o modelo está a ser replicado (Portugal, Grécia e Itália), de forma a conhecer a perceção do selo Olivares Vivos e orientar a estratégia de comunicação.
iv) Análise global da eficácia da estratégia de comunicação da Olivares Vivos.

E1. Desenvolvimento do plano global de comunicação, divulgação e sensibilização

Esta ação prevê a implementação de um plano global de comunicação, divulgação e sensibilização para divulgar as mensagens-chave do LIFE Olivares Vivos Vivos+, as suas acções e resultados. O plano será dirigido aos públicos-alvo identificados na ação A1 e ao público em geral.
A Ação E1 fornecerá orientações para maximizar a divulgação do projeto a nível local, nacional e internacional. Além disso, assegurará que as actividades relacionadas com o público em geral, necessárias para atingir os objectivos do projeto, sejam implementadas de forma conjunta e complementar, tendo sempre em conta a melhor relação custo-benefício.
Ao longo desta ação, a implementação do Plano de Comunicação será supervisionada e o desenvolvimento das outras actividades de comunicação incluídas nas Acções E2, E3 e E4 será coordenado. Isto assegurará: i) a coerência e a relevância de cada uma das actividades do projeto dentro do calendário do projeto, ii) a transmissão de uma imagem pública adequada (objectivos, acções e resultados) e iii) a máxima divulgação e impacto social.
A ação divide-se em:
Actividades de comunicação, divulgação e sensibilização
Sítio Web do projeto
Painéis de informação
Feiras sectoriais
Layman

E2. Divulgação dos resultados do projeto junto das partes interessadas do sector olivícola e em publicações e conferências científicas.

Através desta ação, iremos informar, educar e comunicar as acções e os resultados do projeto para sensibilizar e despertar o interesse por esta cultura e pelo modelo da Olivares Vivos.

Para isso, desenvolveremos duas linhas de trabalho específicas a serem implementadas de acordo com o Plano de Comunicação da Ação E1 (por exemplo, redes sociais e website do projeto) e utilizando o apoio da Rede de Municípios para os Olivais Vivos (E5).
Esta ação divide-se nas seguintes sub-acções:
E.2.1 Organização de jornadas de portas abertas.
E.2.2 Participação em conferências científicas e seminários técnicos. Publicação em revistas.
E.2.3 Organização de uma conferência sobre a biodiversidade, os agrossistemas e as fórmulas de valor acrescentado.

E3. Promoção do selo de certificação Olivares Vivos

A realização de muitos objectivos e o valor demonstrativo do projeto dependem do conhecimento do mercado do azeite e do público em geral sobre a Olivares Vivos e do valor acrescentado dos seus produtos certificados. É necessário agir para definir e aplicar as melhores estratégias, técnicas e aplicações para promover com êxito os azeites e azeitonas da Olivares Vivos no mercado e aumentar a sua procura.
Esta ação será complementada por: i) divulgação do projeto através da página web (E1), ii) acções de demonstração (E1), e iii) actividades de comunicação dirigidas ao sector olivícola (E2). Estes esforços irão melhorar a rentabilidade dos produtos certificados Olivares Vivos, o que por sua vez irá aumentar a área gerida sob o modelo Olivares Vivos e levar a uma consequente recuperação da biodiversidade.
Esta ação será implementada através de duas sub-acções.
E3.1 Promoção da marca de certificação e dos produtos certificados
E3.2 Organização de eventos de aconselhamento para os diferentes actores da cadeia de custódia.

E4. Desenvolvimento do plano de replicação e transferência da Olivares Vivos

Sub-ação E4.1 Plano de replicação da Olivares Vivos: avaliação, atualização e adaptação.
O LIFE Olivares Vivos+ decorre em 8 locais de replicação, localizados nos 4 países com maior área de olival da UE. Fornecerá uma grande quantidade de informação sobre como levar a cabo o processo de replicação e revelará os aspectos chave para o seu sucesso. Fornecerá igualmente informações para a adaptação do modelo a zonas particularmente sensíveis às alterações climáticas, como as zonas áridas.
Sub-Ação E4.2 Conceção do Plano de Transferência de Olivais Vivos para outras culturas.
Será concebido um plano de transferência para adaptar o modelo Olivares Vivos a outras culturas lenhosas. Este plano incluirá um estudo de caso para aplicar o modelo a uma vinha e a instalações de transformação e comercialização de vinho.

E5. Ligação em rede

A criação de uma rede entre diferentes projectos estará no centro do LIFE Olivares Vivos+ com um duplo objetivo: disseminar o modelo Olivares Vivos e as boas práticas agrícolas nas áreas de replicação e melhorar a potencial transferência para outras culturas.
Potenciaremos a replicação de Olivares Vivos através da extensão da Rede de Municípios para Olivares Vivos (REMOV) pela UE e através do trabalho em rede com outros projectos ou entidades que partilhem objectivos com Olivares Vivos. Em geral, será realizado em combinação com outras acções (C3 e E), promovendo as realizações do projeto a nível nacional e internacional.
A ação está dividida em duas sub-acções:
E5.1 Rede de Municípios para os Olivais Vivos (REMOV)
E5.2 Trabalho em rede com outros projectos.

E6. Melhorar a PAC, as políticas sectoriais e as infra-estruturas verdes através dos resultados do programa LIFE Olivares Vivos+.

Existem sinergias claras entre a Olivares Vivos, a estratégia de Infra-estruturas Verdes (IG) e as políticas ambientais, especialmente no que respeita ao desenvolvimento regional e rural, às alterações climáticas, à agricultura e ao ambiente. A nova estratégia de IG apela à sua plena integração nestas políticas, para que se torne uma componente normal do desenvolvimento territorial em toda a UE.
A política agrícola comum (PAC), a política mais importante que afecta diretamente a olivicultura, introduziu importantes elementos de ecologização para desenvolver uma IV mais coerente em toda a paisagem rural. A maioria dos Estados-Membros fez poucos esforços para aplicar as medidas ambientais da PAC à olivicultura, apesar do seu potencial considerável para reduzir os impactos ambientais e aumentar os benefícios de conservação desta utilização das terras.
No anterior programa LIFE Olivares Vivos, mostrámos que a olivicultura pode ser um modelo de utilização sustentável do solo, produzindo produtos alimentares de elevado valor e benefícios ambientais.
Neste contexto, em 2018, entregámos um documento intitulado "A PAC pós-2020 em relação à olivicultura" a diferentes autoridades nacionais e regionais, para fornecer argumentos durante as negociações da PAC pós-2020. Este relatório incluía recomendações fundamentais para a conceção de regimes ecológicos baseados na gestão adequada do coberto herbáceo e no aumento da heterogeneidade da paisagem.
Este documento é um bom ponto de partida para desenvolver uma linha de trabalho específica no âmbito do LIFE Olivares Vivos+.
Durante este período, levaremos a cabo diferentes actividades para promover o modelo Olivares Vivos entre as políticas comunitárias relevantes para a olivicultura (por exemplo, a PAC) e a estratégia de infra-estruturas verdes. O nosso objetivo é fornecer aos decisores informação relevante para uma implementação mais eficaz das políticas sectoriais.
Para o efeito:

i) comunicaremos as nossas conclusões e recomendações mais relevantes aos decisores políticos sectoriais,
ii) desenvolveremos propostas para integrar o agro-regime Olivares Vivos nas políticas sectoriais relevantes e apoiaremos a sua implementação,
iii) contribuiremos para aumentar a sensibilização para o potencial dos olivais enquanto infra-estruturas verdes e
iv) criaremos sinergias entre o LIFE Olivares Vivos Vivos+ e as diferentes políticas sectoriais.
Esta ação visa igualmente garantir que as principais políticas e/ou estratégias da UE e os instrumentos financeiros que as acompanham possam reforçar a biodiversidade, apoiando ou incorporando o modelo da Olivares Vivos.

F1. Gestão de projectos

Para este LIFE Olivares Vivos+, a SEO/BirdLife tem um diretor, um coordenador e um coordenador adjunto. O diretor do projeto estabelecerá as orientações gerais para o funcionamento global do LIFE Olivares Vivos+ e para a correcta execução de todas as acções.
Cada um dos parceiros do projeto será responsável pela coordenação e desenvolvimento de determinadas acções.
Os parceiros do projeto realizarão reuniões de coordenação regulares, principalmente por videoconferência. Os diferentes parceiros serão convidados, consoante o ponto da ordem de trabalhos de cada reunião. Serão realizadas reuniões regulares de coordenação geral para preparar o Comité de Participação e Acompanhamento (F2). Além disso, duas reuniões de coordenação específicas serão organizadas em Jaén com HAO-Demeter, DREAm Itália e a Universidade de Évora durante os primeiros meses do projeto e no meio do projeto.

F2. Acompanhamento e avaliação dos projectos

Sub-ação F2.1 Indicadores de acompanhamento do projeto

O acompanhamento e a avaliação adequados do projeto serão avaliados através de indicadores de acompanhamento que serão identificados e compilados (juntamente com qualquer outra informação relevante) nos quadros de indicadores incluídos nos relatórios do projeto.

Sub-ação F2.2 Comité de acompanhamento e participação nos projectos

Será criado um Comité de Acompanhamento e Participação. Este será composto pelos diferentes intervenientes no projeto:
Parceiros de coordenação e parceiros associados.
Co-financiadores.
Agricultores proprietários de olivais que participam no projeto: TOG, DOG e DOG-CC.
O Comité será organizado em subcomités nacionais, a fim de evitar dificuldades de comunicação devidas à língua.

F3. Auditoria financeira

A auditoria financeira do projeto será realizada com assistência externa. No final do quinto ano, será efectuada uma auditoria financeira completa.

F4. Plano Pós-LIFE

O Plano pós-LIFE definirá as linhas estratégicas e as acções para tirar partido dos resultados do projeto. O seu principal objetivo será o de se tornar uma ferramenta útil para todas as partes interessadas para replicar e transferir com sucesso o modelo Olivares Vivos.
Para garantir a implementação deste Plano, serão estabelecidos acordos com os parceiros e partes interessadas do projeto - operadores do sector, administrações públicas, a Rede Europeia de Municípios para os Olivais Vivos, representantes do sector, etc. O Plano definirá os mecanismos para implementar as acções necessárias para fixar, durante a fase pós-LIFE, os objectivos alcançados.
O Plano Pós-LIFE será publicado em 5 línguas (inglês, espanhol, italiano, grego e português) e será público, estando alojado no sítio Web do projeto.
O Plano Pós-LIFE será válido em toda a área de replicação do projeto: Espanha, Portugal, Grécia e Itália e o resto dos países mediterrânicos da União Europeia.
pea.

Menú

CONÓCENOS

La Sociedad Española de Ornitología es la entidad conservacionista decana de España. Desde 1954, sigue teniendo como misión conservar la biodiversidad, con la participación e implicación de la sociedad, siempre con las aves como bandera.

SEO/BirdLife es la representante en España de BirdLife International, una federación que agrupa a las asociaciones dedicadas a la conservación de las aves y sus hábitats en todo el mundo, con representación en más de 100 países y más de 13 millones de socios.

Es el socio coordinador del LIFE Olivares Vivos+.